“Volta a Portugal deveria ter mais equipas”

Expetativas mais baixas do que em 2023
“Em relação às nossas expetativas para esta Volta a Portugal, são certamente mais diminutas do que as da época de 2023. Dos sete elementos que vão participar na Volta a Portugal, só um é que esteve na de 2023, que é o Luís Gomes. Isso por si só diz tudo. É uma equipa muito jovem, não fosse o Luís Gomes (30 anos) e o Ricardo Carvalho (29 anos), e teríamos uma média de idades a rondar os 20 anos. Vamos participar com um corredor que ainda vai como júnior, que é o André André, que tem feito uma época excelente e penso que será um corredor de grande futuro.”

Um percurso da Volta a Portugal diferente
“Se tivermos, até como exemplo, o Tour, este ano também começou da mesma forma.
Se me perguntarem para a nossa equipa, preferia que fosse um início de volta como o do ano passado, até para que os corredores se fossem adaptando, portanto, vão ficar logo sufocados, mas é igual para todos, é com aquilo que nos vamos deparar, foi para isso que nos preparamos. Corremos o risco de ao quarto dia a Volta a Portugal estar definida. Isso pode tirar alguma espetacularidade, mas isso só a estrada é que vai dizer.”

Dificuldade para motivar a equipa jovem
“Eu acho que não é difícil até porque, como é a primeira vez para a maior parte deles, por si só todos querem estar na Volta a Portugal e para eles é um objetivo, portanto não é muito complicado dar-lhes moral, ou incentivá-los, ou gerir. Isto para eles é o coroar de um sonho que eles têm, a maior parte deles, desde pequeninos. O facto de estarem presentes, para eles, já é motivo de muita alegria e de muita ambição, portanto, aí não irei ter dificuldade, a maior dificuldade poderá ser físico e recuperar às vezes, de umas etapas para as outras.”
 
A novidade Miquel Alemany
“Em termos de classificação, não temos nenhumas. É um corredor que nós temos observado, que representava a equipa do Loulé. É um corredor muito irreverente, que andava sempre nas fugas, um corredor muito batalhador, e foi nessa perspetiva de termos alguém para fazer esse tipo de trabalho e ver se nos consegue dar alguma visibilidade. (…) é um corredor que nós já percebemos que ainda tem peso a mais e acho que este ciclista com menos três ou quatro kgs poderá ser um corredor muito útil a qualquer equipa no futuro.(…) Nós sabemos que ele vai em cheio de vontade, com muita ambição, de querer mostrar e provar, e agradecer muito por ter sido convidado, e se nós acharmos que o Miquel tem condições para evoluir, tem vontade de evoluir, será um corredor provavelmente, a contar para o futuro.”

As saídas da equipa
“Este ano provavelmente não teríamos uma equipa para ganhar a volta atual, mas teríamos a equipa mais consistente do pelotão com corredores, alguns que estiveram cá quatro e cinco anos e isso custa porque vieram para cá quando ainda eram juniores. O Afonso Silva foi um dos casos que me custou os olhos da cara. Ele saiu da equipa porque é um corredor muito consistente e tem feito uma época excecional, mas enfim, custou-nos bastante, mas nada que já nos estejamos habituados. A Oliveirense infelizmente, nunca nos proporcionou condições para conseguirmos manter esses corredores.” 

“Volta a Portugal deveria ter mais equipas”
“Eu acho que a Volta a Portugal deveria ter mais equipas. Mas é a minha opinião. Já falei diversas vezes com o Joaquim [Gomes], mas isso muitas vezes também não é que eles não tentem, é preciso haver capacidade financeira e temos um grande problema. Porque a Volta a Portugal dá poucos pontos e hoje os pontos são muito importantes. E para que dê pontos é preciso subir o escalão competitivo e o escalão da Volta a Portugal, para que as equipas estejam ansiosas de vir cá. E isso custa dinheiro, que é coisa que não abunda no organizador. Aliás, tem-se deparado com bastantes dificuldades, até para cumprir com os encargos com as equipas, com a própria Federação, isso é público, e sabemos. E é uma pena que assim seja, porque a Volta a Portugal é uma corrida muito bem estruturada, muito bem organizada.” 

Nova direção da UDO vai estar presente
“Por acaso nós convidámos o novo presidente [da UDO]. O Horácio [Bastos] também lá vai estar, porque apesar de apoiar ou não, acho que foi sempre muito cordial connosco. O novo presidente [Carlos Teixeira] disse que após a Volta a Portugal gostaria de reunir connosco até para se inteirar como é que as coisas estão. Portanto, vamos ver, vamos ouvir e também não sabemos se em 2025 vamos estar cá. Tudo iremos fazer para estar e para estar com a equipa. Não digo cá em Oliveira de Azeméis, digo como equipa, porque cada vez os custos ao longos dos anos têm vindo a aumentar e nós, a nível de apoio, não têm acompanhado e temos sentido muitas dificuldades.”

Equipa da GI Group Holding Simoldes UDO
111 - Rui Carvalho
112 - Francisco Guerreiro
113 - Luís Gomes 
114 - André Ribeiro 
115 – Noah Campos
116 - Miquel Alemani 
117 -  André André
Diretor – Manuel Correia
Diretor Adjunto – Luís Pinheiro